Um novo Papa, a mesma Igreja!

Um novo Papa, a mesma Igreja!

Dia 13/03/2013, data sugestiva para os supersticiosos, mas para os católicos, o surgimento de um novo Pontificado. Da sacada da Basílica de São Pedro, é apresentado ao mundo o 266° Papa da História bimilenar de nossa Igreja, com o nome inédito de Francisco, em homenagem ao grande Santo de Assis, amigo dos pobres e sofredores, deixando claro a que veio o novo Papa. As primeiras informações, logo após o anúncio, informavam tratar-se do Cardeal Jorge Mário Berglogio, Arcebispo de Buenos Aires, portanto um latino-americano, o primeiro na história. Também o primeiro jesuíta a ocupar o Trono de São Pedro. Logo se evidenciava o desejo dos Cardeais no Conclave de apresentar alguém novo, com uma visão especial de Igreja, contemplada por outro prisma, que pudesse contribuir de forma incisiva para a subsistência da fé Cristã em tempos de crise religiosa.

Contudo, todas essas características que tornam o Papa Francisco um homem “diferente” do habitualmente esperado para um Pontífice Romano, ao contrário do que a mídia exagerada pretende transmitir a todo preço para sugerir uma revolução no catolicismo, não apontam para uma mudança de Igreja nem tão pouco para transformações profundas na estrutura vivida desde sempre. É um Papa novo, mas a Igreja é a mesma que já existe há dois mil anos e tudo que lhe é próprio permanecerá inalterável. Nosso Papa, nascido na América, não veio apresentar algo novo e nem renovar nada, mas sim resgatar nossa responsabilidade cristã e nos mostrar, através do próprio exemplo, que nossa maior glória precisa ser o serviço, como ensinou Jesus, o fundador Divino desta Igreja.

Nosso novo Pastor é um homem que vem de uma realidade particularmente nossa, marcada pela pobreza, castigada pelas injustiças sociais e pelo descaso das autoridades em vista das diferenças de privilégios entre os homens. Por isso, é alguém profundamente sensível a isso, porque viveu e experimentou essa realidade própria da Igreja na América Latina. A isso precisamos enxergar como o desígnio de Deus que se realiza em nossa história, voltando o foco da Igreja para a vida de seus filhos menos favorecidos, os prediletos do Pai, mas ao mesmo tempo, educando-nos para a compreensão de que em tudo devemos ter em vista aquela que é a finalidade da fundação da Igreja, a salvação dos homens.

Rezemos pelo nosso Papa! Esse é o pedido que ele nos fez e faz. Como bons filhos, sintamos com ele o encargo que lhe foi confiado por Deus e lhe sejamos dóceis e pacientes. Ele não vem para mudar, uma vez que o projeto de Cristo cumprido na Igreja é único e absoluto. Ao contrário, o Senhor o envia para nos ajudar a perceber a necessidade de firmarmo-nos ainda mais no compromisso prático de nossa fé e resgatar na Igreja o dever para com a justiça, pois esta deriva do próprio Deus.

Que nossas orações e atenções estejam voltadas ao nosso Papa Francisco, especialmente nesses primeiros momentos de Pontificado. Com gratidão, ofereçamos ao Pai nossa alegria pelo novo Pastor tão belo em virtudes, pois, com certeza, sua eleição foi a resposta às orações elevadas ao Céu durante o conclave. E peçamos a Jesus, Verdadeiro e Único Sacerdote, que guie nosso amado Pontífice na direção da Barca de Pedro, a fim de que ele continue a nos confirmar na fé católica de sempre, com fidelidade à Tradição que nos sustenta e instrui.

Deus abençoe o Papa Francisco!

 

Por: Seminarista Leonardo Augusto